O violino de Auschwitz
O violino de Auschwitz é um dos vários livros que retratam os horrores vividos nos campos de concentração durante a segunda guerra mundial. Um romance escrito por Maria Àngels Anglada e publicado pela primeira vez em 1994, esta obra expõe a história de Daniel que encontra, num violino, a esperança necessária para sobreviver a Auschwitz.
Tal como sugere o título, toda a história se centra num belíssimo violino e na história que este guarda.
Na minha opinião, este livro apresenta-nos uma história muito interessante que nos provoca diversos sentimentos. Por um lado, a história de Daniel, através de inúmeras descrições e sequencialização de ações, reflete, com muita clareza, o terror e o sofrimento passado pelo personagem principal, sendo muito envolvente. Por outro lado, o mistério presente ao longo do livro se mostrou, a meu ver, bastante intrigante.
De facto, logo no início da obra é-nos transmitida uma sensação de lembrança, por parte de um violinista, quando este ouve o som do violino de um dos seus colegas de trio, fazendo-nos questionar o porquê dessa sensação, o que, a meu ver, gerou ainda mais interesse pela obra.
Assim, a minha passagem favorita, em toda a obra, foi exatamente no final, quando todo o mistério à volta do interesse do violinista pelo violino foi desvendado e nos foi dado a conhecer uma realidade exultante, e que nos permite perceber melhor a obra e a relação do músico violinista com Daniel, bem como a história que têm em comum, em Auschwitz.
O facto de Daniel e o violinista terem estado em Auschwitz juntos e o violino, que provocava tanto interesse ao músico, ser o mesmo construído por Daniel, anos antes, possibilita-nos relacionar todos os acontecimentos que ocorrem ao longo do texto, dando mais ênfase à história.
A história de Daniel, um luthier (profissional especializado na construção e no reparo de instrumentos de cordas) que é proposto para construir um violino para o comandante do campo de concentração de Auschwitz, é outro dos momentos que me agradaram bastante, pois ainda que seja uma história deveras triste, também envolve esperança e transmite-nos algo que muitas vezes é inédito nas histórias sobre Auschwitz. Mesmo na pior das situações é possível encontrar alegria.
Uma obra com uma linguagem muito simples e de fácil compreensão, mas muito rica em adjetivos e descrições que nos transportam para dentro do livro.
Embora seja breve, o que proporciona uma rápida leitura, este romance apresenta-nos uma ação bastante completa, cheia de pormenores e que atrai à leitura.
Em suma, esta é uma obra muito cativante e que vale a pena ler. Com todos as passagens muito ricas e uma história encantadora sobre um tema real, “O violino de Auschwitz” é um livro que me despertou muito interesse e que me cativou até ao último parágrafo.
Beatriz Cabeleira, 11 CTA
Sob orientação da professora Fernanda Pereira